Ai Lucy

Segundo refere Luciana Abreu No seu site, Não só ela e seu amado marido esperavam o nascimento da sua pimpolha, mas também nós reles mortais ansiávamos tal acontecimento como que se não houvesse amanhã!
Eu confesso, durante os meses que antecederam este momento que mudou a minha vida, tenho sobrevivido à custa de antidepressivos.
Pus baixa porque o trabalho deixou de me dar alento.
Para além de que o chefe já reclamava que a menina não descolava dos sites que poderiam trazer notícias sobre o casal, e não largava o mp3 que repetia a música: " não tenho nada... mas tenho tenho tuuudo".
Já em casa, olhem foi o desastre total.
Parei de cozinhar, comecei a comer iogurtes e bolachas, porque isso me permitia não largar a net para me ir actualizando.
Deixei de ir ao supermercado porque caso a cachopa nascesse eu não poderia ser a primeira a saber tudinho!
O meu frigorífico virou deserto do Sahara!
O boyfriend emagreceu com saudades dos meus pratos maravilhosos.
O pijama era a minha farda constante, pois se perdesse tempo a escolher roupa para vestir, podia ficar a leste das últimas novidades!
Os amigos estranharam a ausência de notícias, e até a minha mãe pensou que a filha tivesse fugido para a Sibéria.
Os meus vizinhos já andavam a pensar em comprar um caixão cor-de-rosa, pois julgavam-me morta devido à minha ausência e ao silêncio em que havia mergulhado a minha casa.
Só agora:
O meu cabelo empastado em óleo e surro da falta de banhos, matou a sede de água.
Voltei a muito custo a vestir algo de jeito e pasmem-se... posso tentar ler de novo um livro que não sejam as Histórias da Floribela e amigos.
Comprei um baton novo... porque o antigo apodreceu por falta de uso e até já sou capaz de dar uma consulta sem obrigar a pessoa que tenho na frente a cantar de fio a pavio o cd da Luccy.
Enfim... agora já posso voltar à minha vida normal!
Espero que esta moça não se lembre de engravidar tão depressa okay flor?